Inclusão e superação marcam trajetória de aluno autista na Escola de Esportes

Inclusão e superação marcam trajetória de aluno autista na Escola de Esportes

A Escola de Esportes de Pindamonhangaba tem mostrado que o esporte pode ser uma ferramenta poderosa de inclusão e transformação social. Um exemplo é a história de Antônio, de 10 anos, que tem autismo e encontrou nas modalidades de atletismo e natação um caminho de superação e evolução.
A busca pelo esporte surgiu como alternativa para lidar com a hipotonia muscular, comum em crianças com autismo, e que impacta no desenvolvimento motor. Enquanto aguardava vaga na natação, Antônio iniciou as atividades no atletismo, no Centro Esportivo do Cidade Nova. A adaptação foi natural: ele enxergou os exercícios como uma forma de brincar, o que favoreceu a leveza no aprendizado e contribuiu para o avanço da coordenação motora.
Com a chegada da tão aguardada oportunidade na natação, vieram também os desafios. No início, Antônio se assustava com a água no rosto e precisou do apoio da mãe dentro da piscina para se sentir seguro. Mas, com paciência, dedicação e acompanhamento pedagógico, a evolução aconteceu. Após meses de treino, recentemente ele conquistou a autonomia de entrar sozinho na piscina e realizar as atividades, marcando uma vitória importante em seu desenvolvimento.
“Cada aula era um novo desafio. Precisei entrar na água com ele, apoiar seu corpo, insistir para que não desistisse. Hoje, ver o Antônio confiante, nadando sozinho, é emocionante. Ainda existem limitações, mas a cada barreira superada fica claro que valeu a pena”, contou a mãe, Michele.
A experiência reforça a importância de iniciativas como o projeto Esportes Sem Fronteiras, lançado em 2024 pela Secretaria de Esportes e Lazer. Voltado para crianças e adolescentes com autismo (níveis 1 e 2) e síndrome de Down, o projeto oferece atividades inclusivas e educativas, que trabalham habilidades motoras, disciplina e socialização, preparando os alunos para avançar gradualmente até turmas regulares ou de competição.
De acordo com a gestora de Esportes, Marita Zeraik, a iniciativa mostra que o esporte pode transformar vidas de forma concreta. “Nosso compromisso é garantir que cada criança tenha oportunidade de se desenvolver, independentemente de suas limitações. Histórias como a do Antônio mostram que inclusão e cidadania caminham lado a lado com o esporte”, comentou.
A trajetória de Antônio é um exemplo de como a união entre família, professores e políticas públicas pode criar um ambiente mais inclusivo, onde cada conquista é celebrada como uma vitória coletiva.

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