PEAD faz inserção de pessoas no mercado de trabalho

PEAD faz inserção de pessoas no mercado de trabalho

O Programa Emergencial de Apoio ao Desempregado (PEAD) é uma ação desenvolvida pela Prefeitura de Pindamonhangaba, por meio da Secretaria de Assistência Social, com objetivo de reinserção dos participantes no mercado de trabalho.
Para isso, os integrantes desenvolvem diversas atividades na Prefeitura, como serviços gerais, auxílio nas cozinhas escolares, recepção e serviços administrativos, além de ações em instituições sociais, sempre em conjunto com estudos e cursos de capacitação.
Durante os dois anos em que a pessoa pode ficar vinculada ao programa, cada integrante recebe uma bolsa de R$ 883,32, além de cesta básica e vale transporte. Neste período também ficam disponíveis opções de cursos de capacitação profissional, palestras e outras ações, todas voltadas à qualificação e reinserção da pessoa no mercado de trabalho.
Atualmente são 230 bolsistas cadastrados, todos realizando atividades de trabalho e de estudo. Dentre os locais que estão recebendo atuação de PEADs estão as secretarias de Administração, Assistência Social, Esportes e Lazer, Educação, Saúde, Meio Ambiente, Serviços Públicos, Mulher, Família e Direitos Humanos, Subprefeitura de Moreira César, além de Delegacia de Polícia e do SOS.
“Cada integrante tem uma função essencial dentro do local onde trabalha, além de ser assistido de forma plena e integral com cursos de qualificação profissional e acesso rápido e direto ao mercado de trabalho. O PEAD é um programa que transforma a vida das pessoas. Por isso é um dos programas prioritários da Secretaria de Assistência Social”, afirmou o prefeito Ricardo Piorino.

Como se inscrever
Para fazer parte do Programa Emergencial de Apoio ao Desempregado, o primeiro passo é estar registrado no Cadastro Único – aquele sistema unificado que funciona como porta de entrada para diversos programas sociais municipais, estaduais e federais. A inscrição é simples e pode ser realizada no Posto CadÚnico Centro (Avenida Albuquerque Lins, 550 - São Benedito), sem agendamento ou no CRAS Moreira César, com agendamento prévio.
De acordo com o diretor de Denefícios de CAD e Rendas - Milton Rodrigues dos Santos Pinto, “ao estar vinculado ao Cadastro Único, o beneficiário fica automaticamente elegível para outros programas de transferência de renda. Na prática, significa que o bolsista pode receber simultaneamente a bolsa do PEAD e benefícios como o Bolsa Família, Auxílio Gás, além de descontos nas contas de água e luz, entre outras políticas sociais de proteção e renda”.

Requisitos essenciais
Para ser aceito no Programa, o candidato precisa atender a critérios bem definidos, como:
• Estar desempregado há pelo menos um ano – demonstrando situação de vulnerabilidade econômica prolongada
• Renda per capita familiar de no máximo 1/3 do salário mínimo – comprovada através da documentação junto ao Cadastro Único
• Ser residente do município há pelo menos três anos – critério que garante vínculo territorial com Pindamonhangaba
• Estar regularizado no Cadastro Único – condição determinante para todas as etapas

Prioridades do programa
A Secretaria de Assistência Social reconhece que algumas pessoas enfrentam vulnerabilidades ainda mais complexas e por isso recebem prioridade de acesso:
• Mulheres vítimas de violência doméstica – que carecem tanto de amparo social quanto de acolhimento técnico especializado.
• Pessoas em situação de rua – que necessitam de programas de reinserção com suporte multidisciplinar.
• Egressos do sistema prisional – que enfrentam barreiras significativas para reintegração ao mercado de trabalho e precisam de oportunidades concretas
“São pessoas que demandam vulnerabilidades que necessitam de apoio qualificado dos serviços da Assistência Social, razão pela qual o programa as coloca em condição prioritária”, completou a secretária de Assistência Social, Andrea Barreto.

Acompanhamento contínuo
O PEAD ainda garante apoio social e técnico permanente. Isto significa que assistentes sociais, psicólogos e técnicos acompanham regularmente o percurso do beneficiário, oferecendo orientação, encaminhamentos para políticas complementares, e monitorando possíveis mudanças em sua situação. “Além disso, os bolsistas são estimulados a retornar e completar o Ensino Médio, recebem informações sobre vagas no PAT e são orientados sobre oportunidades em concursos públicos. O programa funciona como uma plataforma para a recolocação profissional e ascensão social”, explicou Andrea Barreto.

Depoimentos de quem foi atendido
Cada integrantes do PEAD tem uma história de transformação.
Jessica de Jesus, por exemplo, atuou no PEAD por dois anos, entre agosto de 2023 e agosto de 2025, quando trabalhava no CadÚnico. “Essa oportunidade me fez querer crescer na minha educação. Nesse período comecei a faculdade de Serviço Social, pois o programa me permitiu ‘enxergar’ as pessoas de uma maneira diferente, e me fez entender que a área da assistência social é a minha vocação”, declarou. Jéssica estudou e foi aprovada em concurso público para trabalhar justamente na Prefeitura, desta vez como ajudante geral na Secretaria de Serviços Públicos.
Assim como ela, Solange Margarida Pereira dos Santos também teve sua vida transformada. Apenas quatro dias ela se formou em técnica em enfermagem pelo SENAC. “Atuou entre 2021 e 2023 no PEAD e isso mudou minha vida. Trabalhava no PSF Cidade Jardim e sempre fui muito bem orientada. Minha experiência foi ótima fiquei e ganhei várias amizades. Também foi estimulada a estudar e agora estou formada”, declarou.
Maria Isabela Monteiro Simões, ficou 1 ano e dois meses como PEAD, no Cras do Castolira, e agora conseguiu emprego em um supermercado. “Trabalhava com pessoas maravilhosas, que sempre me incentivaram a ser mais a terminar meus estudos e a fazer cursos. Com essas pessoas eu aprendi muito. Um dos ensinamentos que carrego foi a necessidade de estudar e a fazer cursos. Após entender isso e a estudar, as portas foram abertas para mim”.
Já Patrick do Nascimento Silva utilizou a bolsa do PEAD para se estabilizar financeiramente e hoje trabalha como operador de caixa no supermercado Shibata.
“Não são casos isolados, mas demonstrações de que quando o programa funciona de forma articulada – bolsa auxílio, cesta básica, vale transporte, acompanhamento social e capacitação – a pessoa consegue dar início ao seu processo de superação da condição de vulnerabilidade social, prosperando e ressignificando seu projeto de vida" disse a secretária Andrea Barreto.