MUSEU HISTÓRICO PEDAGÓGICO DOM PEDRO I E DONA LEOPOLDINA
Aberto de terça a domingo das 9h00 às 17h00
@museudepinda
#museudepinda
Plano Museológico - MUSEU HISTÓRICO E PEDAGÓGICO DOM PEDRO I E DONA LEOPOLDINA
O MUSEU
Um dos principais pontos turísticos de Pindamonhangaba, o Museu foi criado em 10 de dezembro 1957 para integrar a rede de Museus Históricos e Pedagógicos do Estado de São Paulo, foi instalado numa das salas do Palacete Visconde da Palmeira, que já abrigava o Colégio Estadual e Escola Normal “João Gomes de Araújo”. Sendo tombado pelo CONDEPHAAT em 12 de dezembro 1969.
Para abrigar o museu na sua integridade, foi iniciada a reforma do Palacete da Palmeira em 1973. Depois de anos fechado e recebendo visitas apenas por agendamento, em abril de 2008, o Museu Histórico e Pedagógico Dom Pedro I e Dona Leopoldina abriu suas portas à visitação pública.
Com a missão de preservar e divulgar testemunhos da história de Pindamonhangaba e região para salvaguarda patrimonial e contribuição a reflexões sobre memória, identidade e ocupação do território, o museu recebe anualmente uma média de 16 mil visitantes.
Com um acervo diverso de aproximadamente 09 mil peças, o museu conta com:
Exposições fixas: PALACETE PALMEIRA: A Construção, Escola de Pharmacia e Odontologia, Revolução de 1932; POVOS FORMADORES: Indígenas, Brancos e Negros e MÓVEIS: que compõem um cenário de sala de jantar, escritório e avulsos.
Exposições temporárias: organizadas a partir de seu próprio acervo e/ou de obras de artistas da cidade e região que ali queiram fazer uma exposição.
PALACETE PALMEIRA
Construído em taipa de pilão, taipa de sopapo e com paredes removíveis que eram embutidas por ocasião de festas. O estilo da construção, iniciada em 1850, é em linhas neoclássicas, o balcão com piso de mármore de Carrara e gradil de ferro doce trabalhado percorre a maior parte da fachada principal e continua na fachada lateral. O terraço é enfeitado por fileiras de pinhas de louças provenientes de Santo Antônio do Porto e nas quinas, estatuetas de Deuses Gregos, que hoje carregam evidências dos períodos que o prédio abrigou a Faculdade de Pharmacia e Odontologia e as Escolas.
O Palacete com mais de 30 cômodos (sala de estar, sala de jantar, sala de orquestra, despejos, alcovas, solário, capela, etc) divididos em 03 pavimentos, traz em seu interior uma decoração exuberante, com trabalhos em estuque, pinturas no teto de diversos temas e pinturas encimando algumas portas com temas do Rio de Janeiro antigo. No passado, os afrescos dando o toque de requinte do prédio juntamente com as obras de Petit e Debret.
Sendo, Antônio Salgado Silva – Visconde da Palmeira, um dos homens mais importantes da região e Pindamonhangaba um expoente na produção de café fica fácil entender o motivo para que a cidade e o palacete sempre recebessem autoridades importantíssimas da época. O Palacete foi cenário para a festa de inauguração da Estrada de Ferro São Paulo - Rio de Janeiro, em julho de 1877. A nova ferrovia, ligando a capital do país à capital do café, foi condignamente comemorada, e a festa, além da sua importância como sintoma de uma crescente mecanização do transporte, tornou-se uma comentadíssima reunião social.
“Á noite no rico palacete do Sr. Barão da Palmeira, teve lugar o baile, oferecido pela comissão de festejos à diretoria, superintendentes e engenheiros da cia.
Esteve esplendido!
A riqueza, o luxo, o cavalheirismo, a afabilidade e o gosto davam naquela reunião numerosíssima, a medida do adiantamento da população de Pinda-ba!
O Palacete se ostentava luxuoso e as senhoras apresentavam toilettes de muito custo e de bastante gosto. Os cavalheiros à corte imprimiam a reunião a feição de um baile nas grandes capitais (...)
(...) Só as cinco horas da manhã termina aquela festa que definiu perfeitamente o progresso, a civilização e a riqueza de Pindamonhangaba1”.
Jornal A Província de São Paulo (atual Estado de São Paulo)
Em setembro de 1878, Dom Pedro II, a Imperatriz Thereza Cristina e toda sua comitiva pernoitando em Pindamonhangaba, aproveitaram e “Na manhã seguinte visitaram alguns prédios públicos e foram até o palacete do Barão da Palmeira para contemplarem a vista do soberbo Vale do Paraíba e a majestosa Serra da Mantiqueira2”. Para a ocasião, o então Barão da Palmeira havia mandado remodelar todo o palacete, trazendo um arquiteto e um decorador da França, além de adquirir vários objetos de decoração e utensílios domésticos de alto valor financeiro e artístico: “um par de vasos Sévres, com duas figuras de mulher, as Bacantes, em relevo, trabalho de primorosa feitura (…). O outro conjunto é um soberbo serviço de chá, de prata portuguesa, finamente cinzelada; a bandeja, de tão larga e pesada, necessitava de duas pessoas para transportá-la2”.
Endereço: R. Mal. Deodoro da Fonseca, 260 - Jardim Boa Vista, Pindamonhangaba - SP, 12401-010
Email: histó[email protected]
Referência
1GUIMARÃES, B. Recontando a História de uma Princesa. Pindamonhangaba: São Benedito, 2007.
2MARCONDES, A. Pindamonhangaba através de dois e meio séculos. São Paulo: Tip. Paulista, 1922.